Foram detectados 13 cães contaminados com Leishmaniose Viceral Canina (LVC) na região leste de Goiânia, como nos condomínios Aldeia do Vale, Setor Monte Verde e Chácara dos Ipês. Com isso surgiram várias dúvidas a respeito da doença , e o que mais vale ressaltar é : MATAR NÃO RESOLVE, o que resolve é EVITAR O MOSQUITO trasnsmissor da Leishmaniose.
O QUE É :
É uma zoonose comum ao cão e ao homem. É transmitida ao homem pela picada de mosquitos flebotomíneos, que compreendem o gênero Lutzomyia, chamados de "mosquito palha" ou birigui e Phlebotomus. O cão é considerado o principal reservatório da doença no meio urbano, mas não o único, já que animais silvestres e mesmo o homem podem atuar como reservatórios. É mais grave em crianças, idosos e pessoas com deficiência no sistema imunológico, como é o caso dos portadores de HIV.
SINTOMAS
Os sintomas no cão são bastante variáveis, sendo comum o aparecimento de lesões de pele acompanhadas de descamações e, eventualmente, úlceras, perda de peso, lesões oculares, atrofia muscular e, em alguns caso, o crescimento exagerado das unhas. Em um estágio mais avançado, há o comprometimento do fígado, baço e rins, podendo levar o animal à morte. Devido à variedade e à falta de sintomas específicos, o Médico Veterinário é o único profissional habilitado a fazer um diagnóstico preciso da doença. É importante ressaltar que há um grande número de animais infectados que não apresentam sintomas clínicos (assintomáticos).
No homem, os sintomas são parecidos: aumento de baço e fígado , aumentando, consequentemente, o tamanho do abdome -, emagrecimento, anemia e febre. O tratamento, quando diagnosticada a doença, deve ser realizado o mais rápido possível, sob acompanhamento de um médico especialista. Se não tratada, a enfermidade pode ser fatal.
PREVENÇÃO:
De acordo com a Portaria Interministerial nº 1.426, de julho de 2008, o tratamento da LVC em cães é proibido, e o animal, segundo o Ministério da Saúde, tem que ser eutanasiado. Diante de medidas tão drásticas, a prevenção é de extrema importância. Como a vacinação também não é recomendada pelo Ministério, por não haver ainda comprovações de sua eficácia, a melhor medida é realmente evitar o mosquito transmissor da LVC, o flebótomo.
O uso de repelentes, tanto no homem quanto no cachorro, é fundamental nesse momento de alerta da sociedade. Repelentes veterinários são facilmente encontrados nos pet shops, basta ir atrás. Há também uma coleira à base de Deltametrina (4%) que também serve como repelente e pode ser adquirido em lojas especializadas. Na hora de passear com o animal, deve-se evitar os horários de pico do inseto, o amanhecer ou anoitecer. Ir algumas horas antes ou depois, já faz muita diferença. E uma dica básica para a prevenção da doença: não acumular lixo no quintal e manter o ambiente onde o cão fica sempre limpo e seco.
FONTE: HV/UFG